domingo, 24 de setembro de 2017

Lições do Caminho

Há cinco anos, eu fui ao meu primeiro jogo de tênis profissional e eram partidas de um torneio de Grande Slam, em Paris. Eu falei desta emoção à época aqui.

Roland Garros, foi, na verdade, meu debut, pois esta primeira experiência fez surgir em mim o desejo de ir aos outros três torneios principais da ATP e, assim, completar o meu próprio ciclo de Grand Slam. No ano seguinte, veio a oportunidade de ir a Wimbledom, da qual também já falei neste blog.   Em 2014, foi a vez do Australia Open, que me proporcionou também a incrível oportunidade de conhecer o outro lado do mundo. Falei desta aventura à época,

Durante todos esses torneios, quando eu tinha que comprar meus tickets com antecedência, eu nunca tinha a sorte de ver meu grande ídolo, Roger Federer, jogar, pois seus jogos caíam no dia anterior ou posterior aos dias que eu havia comprado. Foi por isso que, em 2015, fiz uma pausa no meu ciclo de grandes torneios e fui à California, ver o  Masters 1000 de Indian Wells, onde pude ver o Federer jogar duas vezes!

No ano seguinte, os jogos olímpicos adiaram um pouco mais meu projeto, mas me deu a extraordinária oportunidade de, como voluntária, estar dentro da quadra com os melhores jogadores de tênis e vivenciar o esporte em toda a sua intensidade. 2017 me trouxe a oportunidade do US Open e da conclusão do meu projeto de assistir ao meu último torneio de Grande Slam.

Nessa jornada, teve uma constante.  Meus encontros com Rafael Nadal.  Foi dele o primeiro jogo que vi, lá em Roland Garros, e foi ele quem estava jogando no último jogo que vi no US Open, o meu último Grand Slam. Durante esses anos, eu costumava torcer contra ele, já que, na maioria das vezes, ele estava contra o Federer.  Nessas horas fala mais alto a lealdade de fã.

No entanto, no jogo das semifinais do US Open, quando anunciaram a entrada dos jogadores na quadra, lágrimas me vieram aos olhos e eu entendi que alguma coisa tinha mudado. O meu sentimento era de receber um companheiro de uma longa jornada.


A intensidade com que vivi todas estas experiências fez aproximar o meu coração do Nadal. Se "a grandeza do seu oponente é o resultado da sua conquista",  imagino que a oposição do Nadal ao Federer fez com que o jogo deste crescesse, e vice versa.

Completei meu Grand Slam num momento em que ambos, acima dos trinta anos, já são da "velha guarda" do esporte. E, no instante em que eu poderia me perguntar o que haveria depois, esta dupla genial nos presenteou com o impensável: jogaram juntos, no mesmo lado da quadra! Neste final de semana, defenderam o time da Europa na Laver Cup. Eram o no. 1 e o no. 2 do Ranking trabalhando em equipe.









Meu sentimento foi de êxtase. A vitória da dupla me fez ficar feliz por ambos. Especialmente pela forma carinhosa como os dois se tratavam em quadra e diante do público. Estas cenas mostraram aos fãs de cada um que não deve haver rivalidade. Devemos apenas aproveitar a oportunidade de sermos contemporâneos de dois dos maiores gênios deste esporte!

Roger, te amo como sempre!
Rafa, meu coração também é teu!


segunda-feira, 10 de abril de 2017

Convescote

Convescote é um "piquenique; refeição ou passeio que se realiza em local aberto, onde cada pessoa se responsabiliza por um tipo de comida, dividindo sua refeição com o restante dos participantes".

A ideia de piquenique traz consigo a escolha de um lugar aprazível para viver momentos agradáveis de convivência e contemplação. Numa viagem, seja em área urbana ou rural, sempre tem um local aprazível para um piquenique. 

Ring of Kerry, Irlanda, 2007


Em algumas viagens, entretanto, tem lugares de extrema beleza, que tiram o fôlego do viajante e "exige" um ato de contemplação mais solene. Rs




Para  estes momentos, vale a pena levar no cantinho da mala uma bolsa térmica, um saca-rolha e mais alguns utensílios para um convescote. A Irlanda, o país verde, é um desses lugares, Quanto maior a beleza, do lugar, mais intenso o momento e prazeroso o convescote !





Cliffs of Moher, Irlanda, 2015


segunda-feira, 27 de março de 2017

Não, a gente não sabe...

 Não, a gente não sabe...
✔ que ama o Acre.
✔ que o nome da capital Rio Branco se deve ao papel decisivo do Barão do Rio Branco na conquista do território acreano.
✔ que Rio Branco é banhada pelo Rio Acre, que ainda é pequeno, porque ainda vai se juntar com o Rio Purus, pra depois de juntar ao Solimões, pra depois, ao encontrar o Rio Negro, se tornar o Rio Amazonas.
✔ que Rio Branco tem uma zona de livre comércio e fica a pouco mais de 200 km da
 fronteira boliviana (Cobija), onde há um pólo de compras de produtos estrangeiros.
✔ que o povo acreano tem um espírito forte e orgulhoso e canta o belo Hino do Estado em qualquer evento público.
✔ que a bandeira do Estado do Acre tem as cores verde e amarela e uma "estrela altaneira" vermelha.
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✔ que Rio Branco é ponto de acesso rodoviário  a Cuzco e Machu Pichu, no Peru.
✔ que o território do Acre também tem geoglifos visíveis de vistas aéreas, a exemplo dos famosos do território peruano.
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✔ que em Rio Branco tem passeios de balão sobre a Selva Amazônica e arredores da cidade.

✔ que o Estado do Acre é uma grande planície, com 80% do seu território de floresta preservada e que as políticas públicas buscam o desenvolvimento em equilíbrio com a preservação ambiental.

✔ que o Estado do Acre mantém programa de convênio com o Estado da Califórnia para venda de créditos de carbono para financiamento do desenvolvimento local.
✔ que o Estado do Acre tem iniciativas setoriais do Poder Público que são modelo para as outras unidades da Federação.
✔ que a carne produzida no Acre é de excelente  qualidade e que lá se come deliciosos churrascos.
✔ que é forte a influência árabe na história da cidade e que em Rio Branco a culinária árabe é abundante e saborosa.
✔ que tudo o que eu mencionei não tem relação com o estereótipo que se costuma ter de "terra de índios", mas que o Acre tem mesmo várias aldeias indígenas preservadas e acessíveis a visitas turísticas.
✔ que o povo acreano é gentil  e hospitaleiro e muita gente veio de outros Estados para lá se radicar.
✔ que depois de passar um tempo no Acre se sente um aperto no peito ao deixá-lo.
✔ que o Acre faz parte da casa da gente, só a gente não costuma frequentá-lo.
✔ que a gente ama o Acre assim, mesmo sem saber.