quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Being There

Certa vez, quando estava em Helsinki, na Finlândia, um dos pontos mais distantes do Globo onde eu já estive, deparei-me com esse cartaz:


 

Na hora, saquei a máquina e tirei essa foto. É muito bom quando vemos expressado algo que já havíamos pensado ou com o qual concordamos inteiramente.

Viajar pra mim, mais do que prazer, é uma necessidade. Se, como dizem, "eu sou do tamanho daquilo que sinto, que vejo e que faço", viajar é um processo essencial do 'be myself', tanto quanto estar em casa.

Entretanto, eu já percebi que, em alguns lugares podemos estar desde a primeira vez. Em outros, é preciso voltar. O espírito não cabe na primeira visita e precisamos de algum tempo para elaborar as emoções e realmente "be there" em outra oportunidade.

Visitando o blog do meu admirado professor português, fiquei encantada com um desses momentos em que ele "esteve" em Moscow:

"Quinta-feira, 1 de Novembro de 2012

Café Pushkin

Nunca tinha vindo a Moscovo (nem à Rússia), que aliás nunca esteve entre as minhas prioridades de viagem. Mas, para quando viesse, sempre houve para mim um sítio imperdível na capital russa: o Café Pushkin, que a canção de Gilbert Bécaud sempe me evocou, desde que primeiro a ouvi em 1964, tinha menos de 20 anos.

E foi isso que fiz hoje, sem a Natalie de Bécaud, é certo, mas não sem o chocolate quente, nem sem a emoção que quase cinco décadas de distância dessa canção terna não estiolaram."


Independentemente de quantas vezes necessitamos para isso, é maravilhoso quando a alma toca o momento esperado.