segunda-feira, 8 de agosto de 2016

O Preço de uma Paixão

Acordei hoje ainda com uma "ressaca"  da noite de ontem.  Apesar de ter chegado em casa à uma hora da manhã, sem jantar e com as pernas latejando de cansaço,  tô com a impressão de que vivi uma daquelas noites difíceis de serem superadas.
Eu estava lá na área dos atletas quando me deparei com BB,  como eu chamo carinhosamente o Boris Becker. Foi incrível estar tão pertinho dessa lenda viva do tênis.  A emoção foi muito além de colegar com o Ferrer suadinho. É amor desinteressado.  Rs
E onde há fumaça... Eu estava lá quando os Murray estavam se aquecendo e entraram pra perder da dupla brasileira e quando Djocko e Del Potro entraram pra fazer o jogo bombástico da primeira rodada. Tudo isso já tinha sido enormemente empolgante,  mas a noite foi coroada com a designação para fazer o acesso de uma área em que os outros atletas podem assistir o jogo na quadra central.

A torcida brasileira era Djockovic e os argentinos estavam em peso apoiando o compatriota Del Potro. Às vezes o clima lembrava a de clássico no Maracanã.
Do jogo eu não preciso falar,  mas ter visto o rosto deles em cada reação, ter presenciado de tão perto a confiança do Del Potro aumentando e a incredulidade do Djocko se avolumando,  ter sentido o contraste das emoções deles no final do jogo e ter testemunhado a nobreza do abraço que o Djocko deu no adversário para depois não conseguir controlar o choro sentido...  fez da noite de ontem meu nirvana do tênis.

 Superou a emoção que tive ao assistir a final do Federer e Djocko em Indian Wells, quando achei que nada me motivaria  mais do que aquilo.
Quando abri os olhos hoje,  meu pensamento foi de uma gratidão sem fim.  Algumas pessoas não entendem porque eu me ofereci pra trabalhar de graça.  Na verdade,  desde  o primeiro dia,  apesar de todo o desgaste, não me arrependo nenhum minuto desse voluntariado.  Esse é o trabalho mais bem pago do mundo!!