sábado, 30 de abril de 2011

Alternativa

 Toda cidade tem que ter um cinema alternativo: aquele que passa filmes além dos que são exibidos no circuito comercial. Graças a estes espaços, podemos ver filmes a que, em  princípio, não teríamos fácil acesso, nem mesmo em locadoras. Em São Paulo, as opções são mais variadas; em Brasília, tinha o Cine Academia e cheguei a ver uns no Liberty Mall também.

Em Recife, sempre tivemos o cinema da Fundação, mas, de uns tempos pra cá, o Cine Rosa e Silva passou a significar -  pra mim - recomendação de bons filmes.



Foram muitos os filmes memoráveis. Todos significaram momentos de muita sensibilidade e emoção.



O último que eu vi foi Incendies. Foi candidato a melhor filme estrangeiro e agora se tornou integrante da minha lista de filmes mais emocionantes ever seen...

O propósito desse post não é falar proprimente dos filmes, mas declarar a minha profunda admiração por alguém que eu não sei quem é: o curador do cinema de arte do Cine Rosa e Silva. Vida longa no cargo!!!

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Viagem

Porque o insólito acontece quando finalmente decidimos tomar as rédeas nas mãos; porque a centelha só fica visível quando finalmente botamos a cara pra fora pra tomar um vento; porque o depois só acontece quando o antes vem primeiro (hahahah!!!); porque tudo isso só tem graça por poder ser compartilhado (ainda que com poucos... muito poucos).



Posted by Picasa

domingo, 17 de abril de 2011

Curiosidades a respeito dos vinhos - III

Beaujolais Nouveau

“Todo ano, na terceira quinta-feira do mês de novembro, os franceses celebram a chegada do seu primeiro vinho. O Beaujolais Nouveau fica pronto aproximadamente dois meses após a colheita. Feito com a uva Gamay, é um vinho leve, fresco e descontraído, com características bem frutadas e bom para ser tomado geladinho.
Trata-se de uma verdadeira festa a celebração da chegada do Beaujolais Nouveau ao mercado. A idéia veio dos comerciantes de Lyon, região do Beaujolais, que produz uma uva capaz de render grandes quantidades de vinho. Para dar saída à produção, eles resolveram lançar seus rótulos mais cedo. Na década de 60, houve uma verdadeira competição entre os produtores locais para ver quem lançava primeiro o seu vinho.
Com o passar do tempo, o interesse pelos Beaujolais Nouveau começou a cair, devido à grande quantidade de exemplares medíocres colocados à venda no mercado. Isso aconteceu justamente por causa da pressa das vinícolas em ‘despejar’ o seu vinho nas prateleiras. Porém, alguns produtores sérios continuaram firmes no seu propósito e não deixaram a tradição morrer.
Como disse antes, o Beaujolais Nouveau é feito com a uva Gamay, que dá origem a vinhos de baixo teor alcoólico e feitos para serem bebidos bem jovens. Na sua produção, os cachos são jogados inteiros nas cubas, sem esmagamento, num processo chamado maceração carbônica, onde a pele da uva é estourada através da fermentação. O objetivo é obter o máximo de cor e aroma.
O Beaujolais Nouveau combina com o clima do Brasil, pois deve ser consumido bem resfriado, por volta  de 14ºC.
(...)
O Brasil também tem o seu Beaujolais Nouveau. Produzido pela Miolo Wine Group, o Gamay é lançado em março, logo após a colheita no Hemisfério Sul. A bebida é feita com a consultoria de Henry Marionnet, considerado pela crítica internacional o papa da variedade Gamay. O vinho tem as mesmas características do ‘primo’ francês – leve e refrescante. O Beaujolais Nouveau não é um vinho para ser avaliado como os outros, e sim apenas festejado. Como diz o sommelier Manoel Beato, trata-se de um ‘vinho de entretenimento’. O importante é que seja consumido até seis meses após a sua fabricação. Depois disso, corre-se o risco de se tomar um vinho ‘vencido’.” (Revista Mon Quartier, nº 15, Novembro/2010)

terça-feira, 12 de abril de 2011

Germe do Desejo

Toda viagem surge de um momento de encantamento - encantamento pela idéia de conhecer um lugar.
O encantamento é um germe que pode vir dos mais variados lugares e nos atingir notória ou inadvertidamente. Devidamente instalado, ele vai crescendo na velocidade dos estímulos que vamos recebendo. Se são poucos, o desejo leva anos pra tomar corpo; se são muitos ou muito intensos, o desejo nos assola como uma lufada de vento.
O germe do Marrocos vem crescendo em mim há muitos anos. Os estímulos foram esparsos e subliminares até há pouco. Incentivado pela possibilidade concreta de se realizar a curto prazo, o desejo se materializou de forma tangível. Em busca de informações para viabilizá-lo, descobri o livro de Tahir Shah, A Casa do Califa.


Diante desse inebriante estímulo, o desejo tornou-se uma compulsão, uma inadiável necessidade!
Devorei o livro, que fornece uma completa imersão no ideário e cultura marroquinos. Um delicioso visto para carimbar no nosso passaporte. Excelente aperitivo para o banquete do deslocamento físico real:

# Dois juncos bebem do mesmo riacho. Um é oco; o outro, cana-de açúcar. (Provérbio marroquino)

# Um gato velho não vai aprender a dançar.

# Toda comida tem seu sabor.

# Um caranguejo manco anda pra frente.

# Um exército de ovelhas liderado por um leão venceria um exército de leões liderado por uma ovelha.

# Confie em Deus, mas amarre bem o seu camelo.

# O valor da moradia está no morador.

# Uma pedra atirada por um amigo é uma maçã.

# O fruto do silêncio é a tranquilidade.

# Uma promessa é uma nuvem; o cumprimento é chuva.

# Aquele que prevê o futuro mente, mesmo se diz a verdade.

# Se você tem muito, dê sua riqueza; se tem pouco, dê seu coração.

# Todo besouro é uma gazela aos olhos da sua mãe.

# A resposta a um tolo é o silêncio.

# Vivam juntos como irmãos e façam negócios como estranhos.


Marrocos, aí vamos nós!!!