segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

O Teto do Mundo

Das formas de se deslocar numa viagem, a minha preferida é de carro. Tendo um automóvel à disposição, roteiros podem ser adaptados, surpresas são benvindas, descobertas acontecem a todo instante.

Para quem gosta e costuma viajar de carro, os desafios são superados aos poucos, tais como dirigir numa cidade muito movimentada, atravessar um terreno inóspito ou mal sinalizado ou percorrer grandes distâncias.

Uma grande surpresa que tive, nas minhas primeiras incursões automobilísticas, foi descobrir que os Alpes - uma das mais altas cadeias de montanhas do mundo - são facilmente explorados e atravessados. Pode parecer estranho, mas cruzar os Alpes de carro é muito mais fácil do que muitas viagens que fazemos aqui, bem pertinho da nossa casa.

Seja qual for o país (Áustria, Suiça, Itália, França, Alemanha, etc.), há auto-estradas largas, com infra-estrutura de apoio, nas quais nem sequer se sente aclives ou declives, já que as montanhas são atravessadas por túneis e ligadas por viadutos.



O panorama da viagem é deslumbrante e, no momento em que bate o interesse de conhecer alguma coisa mais de perto, basta tomar uma das inúmeras saídas das rodovias maiores e passar às estradas locais e vicinais.

Em geral, a dimensão da estrada é inversamente proporcional ao número de dígitos do número que lhe dá o nome. Ou seja, a A1 ou E4, etc, são as maiores rodovias. Já a IP23, a 945 e a 3455 vão se tornando caminhos cada vez mais estreitos e sinuosos.


Na última vez que estive nos Alpes, era junho (quase verão) e ainda se via neve derretendo e gelo acumulado em baixas altitudes.



A travessia era da Suiça para a Itália, desde Genebra e Evian (sim, a da água mineral). No caminho, passamos por Simplon, onde foi erguida "L'Aquila di Sempione".


A águia, um símbolo da vigilância, é um monumento erguido em homenagem aos trabalhos desenvolvidos naquela região pela Brigada de Fronteira 11, durante a Segunda Guerra Mundial. Lá se pode ler: "Na liberdade da montanha, surge um poderoso monumento de duro granito: uma lembrança do fiel cumprimento do dever, um aviso perene de vontade e de vigilância pela nossa liberdade".

Como essa, várias outras surpresas e encantos vão se sucedendo em quilômetros de condução tranquila e agradável.


Portanto, por medo não se deve deixar de conduzir até os Alpes!


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ADVERTÊNCIA

Uma novidade que percebi nas estradas italianas na última viagem foi a utilização do "Tutor" para o controle da velocidade.

Sistema Tutor

Ao contrário dos radares comuns, que marcam a velocidade do veículo num determinado momento e ponto da estrada, o Tutor calcula a velocidade média do automóvel.

E como ele faz isso? De uma maneira muito simples. Ao entrar na "autostrada" italiana, recebe-se um "biglieto", que deve ser introduzido na máquina do pedágio, no ponto em que se abandona a rodovia. Nesse momento, calcula-se a distância percorrida e a velocidade média do carro, com base om intervalo de tempo entre a entrada e a saída. Se a velocidade média for superior à permitida, naquele exato momento, já se procede à autuação do veículo, que está sendo filmado no pedágio. A conta chega depois, mesmo que através da locadora de veículos.

Portanto, attenzione alla velocità, anche quando non è sotto diretta sorveglianza!!

Um comentário:

  1. Mas pense se eu ia atravessar essa ponte...rs. Vertigem total, mesmo numa estrada tão liiiiiiinda!!!
    Thanks pela viagem!

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