Uma outra questão a respeito da qual a pessoa acaba tendo que se posicionar é se gosta de voar ou não. Nos dias de hoje, para percorrer grandes distâncias, acabamos tendo que usar aviões, mas boa parte das pessoas faz isso como um esforço, um desconforto necessário.
Voar, para mim, desde a primeira vez em que isso me aconteceu, foi um imenso prazer. Grandes aeronaves me servem sem percalços, mas o sentimento lúdico me é inversamente proporcional ao tamanho da aeronave. Meu vôo preferido desde a adolescência foi num monomotor.
O encanto pelos balões foi crescendo nas oportunidades que via menções sobre eles, até que no ano passado, em Estocolmo, fui resolutamente à procura de uma empresa que fazia os passeios. Para meu infortúnio, que cheguei no inicio de outubro, os vôos só eram feitos no verão, até o final de setembro.
Desta vez, no Vale do Loire, vimos os panfletos dos passeios de montgolfière (balão em francês) e decidimos fazê-lo. Após alguns obstáculos de empresas com agenda lotada ou que não operavam aos domingos (nosso dia disponível para voar), consegui falar pelo meu celular, em francês, com uma empresa que nos orientou a estar numa cidadezinha chamada Chaumont sur Loire, num estacionamento de uma determinada rua, às seis horas da manhã (!!!). Os vôos são feitos sempre ao amanhecer ou ao entardecer.
Feitos os ajustes de logísticas para estar na tal cidadezinha, conseguimos chegar ao local combinado na hora marcada. Lá encontramos outras pessoas que haviam agendado o passeio e equipes responsáveis por dois balões, munidas cada uma delas de um jeep para transportar os passageiros e uma carrocinha que trazia o balão.
A primeira providência tomada foi encher um balão com gás hélio e soltá-lo para verificar o sentido do vento e decidir o rumo que tomaríamos. Seguimos então de carro por uns vinte minutos até um campo onde poderíamos armar o balão. Sim!! Os passageiros devem ajudar as equipes a montar os balões.
Montados os dois balões e devidamente embarcados os passageiros, o ar começa a ser aquecido para que o balão ganhe altitude. Tudo acontece de forma muito tranqüila e silenciosa. Todos, muito ansiosos pela nova experiência, ficam calados e o único som que se ouve é do maçarico que esquenta o ar do balão.
A sensação é maravilhosa. No ar fresco da manhã, plainamos sobre os bosques, ouvindo os pássaros e vendo coelhos correrem pelo solo. Não há necessidade de o maçarico ficar ligado o tempo todo e, quando ele se apaga, reina o mais completo silêncio lá em cima.
Ao longo de uma hora, voamos de volta, no sentido de Chaumont, sempre tendo como referência o curso do Rio Loire.
A aterrissagem é bem mais emocionante do que a decolagem. Escolhido um campo aberto, ficamos todos virados de costas para o ponto de toque no chão e agarrados ao cesto do balão, pois ao pousar, ele tomba lateralmente no solo, pois a lona é liberada para murchar. Quando pousamos, o carro que nos levou para o ponto de decolagem já nos esperava no ponto de resgate. Assim como no início, os passageiros ajudam a desmontar e guardar o balão.
Terminados os trabalhos, nos foi oferecido uma taça de champagne para brindarmos ao nosso batismo. Como partimos muito cedo e, a essa altura, estávamos ainda de estômago vazio, nos foi ofertado também um delicioso croissant.
Esta foi uma das mais deliciosas aventuras que já vivi e, para aqueles que não têm problemas com altura ou vôos, recomendo a experiência.
Que liiiiiiiiiiiiiiiiindoooooooooooo!!!
ResponderExcluirJá havia ouvido o relato, mas vê-lo aqui, em palavras e fotos, é uma grande emoção!
E seu cabelo está lindo, Sis!!!
Obrigada pelo passeio... Dri.
Uauuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu...
ResponderExcluirQue estonteante o passeio e sua plena atenção em todos os detalhes.
Beijo
Beijo
Beijo
Sua irmã que te ama. Bia